A palavra “pedagogia” tem origem grega: paidós (criança) e agogos (condutor), referindo-se inicialmente ao escravo que acompanhava as crianças à escola. Hoje, a pedagogia vai além da educação infantil, envolvendo todas as etapas do processo educativo, desde a primeira infância até a educação de adultos. Ela é a ciência que estuda os métodos de ensino e aprendizagem, abrangendo tanto aspectos teóricos, quanto práticos da educação. Como campo multidisciplinar, ela se relaciona com a psicologia, a sociologia, a filosofia e outras áreas do conhecimento, buscando, por meio da teoria e da prática, interagir com o meio em que os alunos estão inseridos, contemplando as diferentes esferas do saber.
Para além de gostar de crianças, o pedagogo deve atentar-se aos diversos fatores envolvidos no ensinar, bem como observar, aprender e analisar quando e como colocar em prática os métodos e abordagem, tendo em vista as diferentes fases de desenvolvimento das competências socioemocionais. Quando envolvido na educação de crianças bem-pequenas e pequenas, sabe-se que é na primeira infância que os elos sociais iniciais são feitos. A presença familiar e os estímulos promovidos no ambiente escolar são essenciais para a formação intelectual, cognitiva e motora dos pequenos.
Embora muitos pensem que as escolas dedicadas ao ensino infantil sejam locais de guarda e cuidado, outros fatores serão observados pelas professoras ou professores. Muitas teorias e estudos científicos estão envolvidos nessa formação, que auxiliam estes profissionais.
Existem diversas correntes pedagógicas no Brasil. Liberais ou Progressistas elas são a base das técnicas de ensino e aprendizagem desde o século XIX. Dentre as liberais estão a correntes Tradicional, Renovadora Progressista, Renovadora não diretiva e Tecnicista. Dentre as progressistas, estão a Libertadora, Libertária e a histórico-crítica. Cada uma delas gera embasamento para práticas educacionais diferentes e têm sido abordadas invariavelmente nas escolas de todo o país. A última – histórico-crítica – agrega o construtivismo de Piaget, o modelo Waldorf e a teoria de Vygostky, abordando o interacionismo como método de ensino.
Independente do modelo adotado ou da tendência escolhida, o papel do pedagogo é fundamental no curso do ensino-aprendizagem. Além disso, seu campo de atuação fora da sala de aula é promissor, pois este profissional pode atuar ativamente na educação e jovens e adultos, em empresas, hospitais, ONGs e espaços não-formais com o planejamento e execução de projetos, desenvolvimento e adequação de metodologias de ensino, avaliação do andamento das metodologias educacionais, promovendo a inclusão e a acessibilidade àqueles que as necessitam.
O constante aprimoramento e o olhar sensível às características individuais dos alunos são um diferencial, o que faz do pedagogo um importante aliado ao enfrentamento dos desafios da atualidade.
Elaborado por Helena Negro, Coordenadora do Curso de Pedagogia